O que é Fatores de risco para câncer cervical?

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O que é Fatores de risco para câncer cervical?

O câncer cervical, também conhecido como câncer de colo do útero, é uma doença que afeta as células do colo do útero, a parte inferior do útero que se conecta à vagina. É uma das principais causas de morte por câncer entre as mulheres em todo o mundo. Embora a maioria dos casos de câncer cervical seja causada pela infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), existem vários fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver essa doença. Neste glossário, vamos explorar esses fatores de risco em detalhes.

Infecção pelo HPV

A infecção pelo HPV é o fator de risco mais comum para o desenvolvimento do câncer cervical. O HPV é um grupo de vírus transmitidos principalmente por contato sexual. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que alguns deles podem causar lesões pré-cancerosas no colo do útero que, se não forem tratadas, podem se tornar câncer. A vacinação contra o HPV é uma medida eficaz para prevenir a infecção e reduzir o risco de câncer cervical.

Tabagismo

O tabagismo é um fator de risco bem estabelecido para o câncer cervical. Fumar aumenta a probabilidade de desenvolver lesões pré-cancerosas no colo do útero e também diminui a eficácia do sistema imunológico em combater a infecção pelo HPV. Além disso, as substâncias químicas presentes no cigarro podem danificar o DNA das células cervicais, aumentando ainda mais o risco de câncer.

Imunidade comprometida

Um sistema imunológico enfraquecido ou comprometido também pode aumentar o risco de câncer cervical. Pessoas com HIV/AIDS, que estão em tratamento com medicamentos imunossupressores ou que passaram por um transplante de órgão têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Isso ocorre porque um sistema imunológico enfraquecido tem dificuldade em combater a infecção pelo HPV e controlar o crescimento anormal das células cervicais.

Uso prolongado de contraceptivos orais

O uso prolongado de contraceptivos orais, também conhecidos como pílulas anticoncepcionais, está associado a um aumento do risco de câncer cervical. Estudos mostraram que mulheres que usam contraceptivos orais por cinco anos ou mais têm um risco maior de desenvolver a doença. No entanto, é importante ressaltar que o risco é pequeno e que os benefícios da contracepção superam os riscos de câncer cervical.

Paridade

A paridade, ou seja, o número de vezes que uma mulher engravidou, também pode influenciar o risco de câncer cervical. Mulheres que tiveram muitas gestações têm um risco ligeiramente maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas que nunca engravidaram. Isso pode estar relacionado a alterações hormonais durante a gravidez e ao aumento da exposição ao HPV.

Idade

O risco de câncer cervical aumenta com a idade. A maioria dos casos ocorre em mulheres com mais de 30 anos, e o pico de incidência é entre 40 e 50 anos. Isso pode estar relacionado ao tempo necessário para que as lesões pré-cancerosas se desenvolvam em câncer invasivo. No entanto, é importante ressaltar que o câncer cervical pode ocorrer em mulheres mais jovens, especialmente aquelas que foram expostas ao HPV em uma idade precoce.

Histórico familiar

O histórico familiar de câncer cervical também pode aumentar o risco de desenvolver a doença. Mulheres que têm parentes de primeiro grau, como mãe ou irmã, que tiveram câncer cervical têm maior probabilidade de desenvolvê-lo. Isso pode ser devido a uma predisposição genética ou à exposição compartilhada a fatores de risco, como infecção pelo HPV.

Exposição ao dietilestilbestrol (DES)

O dietilestilbestrol (DES) é uma substância química que foi prescrita para mulheres grávidas entre as décadas de 1940 e 1970 para prevenir abortos espontâneos. Filhas de mulheres que tomaram DES durante a gravidez têm um risco aumentado de desenvolver câncer cervical. Felizmente, o uso de DES foi interrompido há muitos anos, mas ainda existem mulheres que foram expostas a essa substância e estão em risco.

Exposição ao fumo passivo

A exposição ao fumo passivo, ou seja, inalar a fumaça do cigarro de outras pessoas, também pode aumentar o risco de câncer cervical. Estudos mostraram que mulheres não fumantes que são expostas ao fumo passivo têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Isso ocorre porque as substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro podem danificar o DNA das células cervicais e aumentar o risco de câncer.

Infecções sexualmente transmissíveis

Além do HPV, outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) também podem aumentar o risco de câncer cervical. Infecções como clamídia, gonorréia e herpes genital podem causar inflamação crônica no colo do útero, o que pode levar ao desenvolvimento de lesões pré-cancerosas e, eventualmente, câncer. É importante fazer exames regulares para detectar e tratar essas infecções precocemente.

Baixo nível socioeconômico

O baixo nível socioeconômico também é um fator de risco para o câncer cervical. Mulheres que vivem em áreas com baixo acesso a serviços de saúde, como exames de Papanicolau e vacinação contra o HPV, têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Além disso, a falta de educação e conscientização sobre a importância da prevenção do câncer cervical também pode contribuir para um maior risco.

Obesidade

A obesidade é um fator de risco que tem sido associado ao câncer cervical. Mulheres com excesso de peso ou obesas têm maior probabilidade de desenvolver a doença em comparação com aquelas com peso saudável. A obesidade pode afetar o sistema imunológico e causar inflamação crônica, o que pode aumentar o risco de câncer cervical.

Exposição a radiação

A exposição à radiação, seja por tratamento médico ou ambiental, também pode aumentar o risco de câncer cervical. Mulheres que foram submetidas a radioterapia pélvica, por exemplo, para tratar outros tipos de câncer, têm maior probabilidade de desenvolver câncer cervical. Além disso, a exposição a radiação ambiental, como a radiação proveniente de acidentes nucleares, também pode aumentar o risco.

Considerações finais

Os fatores de risco para o câncer cervical são diversos e podem variar de acordo com cada indivíduo. É importante estar ciente desses fatores e tomar medidas para reduzir o risco, como fazer exames regulares, vacinar-se contra o HPV, parar de fumar, manter um estilo de vida saudável e buscar tratamento para infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, é fundamental disseminar informações sobre a prevenção do câncer cervical e garantir o acesso a serviços de saúde adequados para todas as mulheres.