O que é Displasia cervical e criocirurgia?

Índice

O que é Displasia Cervical?

A displasia cervical é uma condição pré-cancerosa que afeta o colo do útero, a parte inferior do útero que se conecta à vagina. Também conhecida como neoplasia intraepitelial cervical (NIC), a displasia cervical é causada pela infecção persistente do vírus do papiloma humano (HPV).

Tipos de Displasia Cervical

A displasia cervical é classificada em três graus, dependendo do nível de alteração das células cervicais. Esses graus são:

Displasia Cervical de Baixo Grau (NIC 1)

A displasia cervical de baixo grau, também conhecida como NIC 1 (neoplasia intraepitelial cervical grau 1), é a forma mais branda de displasia cervical. Nesse estágio, as células cervicais apresentam alterações leves e geralmente se resolvem espontaneamente sem tratamento.

Displasia Cervical de Alto Grau (NIC 2 e NIC 3)

A displasia cervical de alto grau, também conhecida como NIC 2 (neoplasia intraepitelial cervical grau 2) e NIC 3 (neoplasia intraepitelial cervical grau 3), é uma forma mais avançada de displasia cervical. Nesse estágio, as células cervicais apresentam alterações mais significativas e têm maior probabilidade de progredir para câncer cervical se não forem tratadas.

Sintomas da Displasia Cervical

A displasia cervical geralmente não causa sintomas perceptíveis. É comum que a condição seja detectada durante exames de rotina, como o exame de Papanicolau. No entanto, em casos mais avançados, a displasia cervical pode causar sangramento vaginal anormal, dor durante o sexo e corrimento vaginal anormal.

Diagnóstico da Displasia Cervical

O diagnóstico da displasia cervical é feito por meio de exames ginecológicos, como o exame de Papanicolau e a colposcopia. Durante o exame de Papanicolau, uma amostra de células cervicais é coletada e examinada em laboratório para detectar qualquer anormalidade. Se o resultado do exame de Papanicolau for anormal, a colposcopia pode ser realizada para uma avaliação mais detalhada do colo do útero.

Criocirurgia para Displasia Cervical

A criocirurgia é um procedimento utilizado para tratar a displasia cervical. Também conhecida como crioterapia, a criocirurgia envolve o uso de temperaturas extremamente baixas para destruir as células anormais do colo do útero. Durante o procedimento, um instrumento especializado é usado para congelar as células cervicais, causando sua destruição.

Como a Criocirurgia é Realizada

A criocirurgia é realizada no consultório médico e geralmente não requer anestesia. Durante o procedimento, o médico insere um instrumento chamado crioprobe no colo do útero. O crioprobe é resfriado com nitrogênio líquido, o que causa o congelamento das células cervicais anormais. Após alguns minutos, o médico remove o crioprobe e as células congeladas são descongeladas naturalmente pelo corpo.

Recuperação após a Criocirurgia

A recuperação após a criocirurgia é geralmente rápida e a maioria das mulheres pode retornar às suas atividades normais no mesmo dia ou no dia seguinte. É comum ter um leve sangramento vaginal e cólicas após o procedimento, mas esses sintomas geralmente desaparecem em poucos dias. É importante evitar relações sexuais e o uso de tampões durante o período de recuperação.

Eficácia da Criocirurgia

A criocirurgia é um tratamento eficaz para a displasia cervical de baixo grau e alguns casos de displasia cervical de alto grau. No entanto, em casos mais avançados de displasia cervical de alto grau, pode ser necessário realizar outros procedimentos, como a conização cervical, para remover uma porção do colo do útero.

Riscos e Complicações da Criocirurgia

A criocirurgia é geralmente considerada um procedimento seguro, mas como qualquer procedimento médico, existem alguns riscos e complicações potenciais. Esses podem incluir infecção, sangramento excessivo, dor intensa e danos ao colo do útero. É importante discutir os riscos e benefícios da criocirurgia com o médico antes de realizar o procedimento.

Prevenção da Displasia Cervical

A melhor forma de prevenir a displasia cervical é através da vacinação contra o HPV e da realização regular de exames de Papanicolau. A vacinação contra o HPV é recomendada para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade. Além disso, é importante adotar práticas sexuais seguras, como o uso de preservativos, para reduzir o risco de infecção pelo HPV.

Conclusão

A displasia cervical é uma condição pré-cancerosa que afeta o colo do útero e é causada pela infecção persistente do HPV. A criocirurgia é um tratamento eficaz para a displasia cervical, destruindo as células anormais do colo do útero através do congelamento. É importante realizar exames de rotina e adotar medidas preventivas para reduzir o risco de desenvolver displasia cervical.