O que é Intervenções para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV: práticas e eficácia?

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O que é Intervenções para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV: práticas e eficácia?

A transmissão vertical do HIV ocorre quando uma mãe infectada pelo vírus transmite a doença para seu filho durante a gravidez, parto ou amamentação. Essa forma de transmissão é uma preocupação significativa de saúde pública, pois pode levar a complicações graves e até mesmo à morte do recém-nascido. No entanto, existem intervenções eficazes que podem reduzir o risco de transmissão vertical do HIV. Neste glossário, vamos explorar essas intervenções, suas práticas e sua eficácia.

Testagem e aconselhamento pré-natal

A testagem e o aconselhamento pré-natal são etapas cruciais para identificar mulheres infectadas pelo HIV durante a gravidez. Essas intervenções permitem que as gestantes recebam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, reduzindo assim o risco de transmissão vertical. O teste de HIV é geralmente oferecido a todas as gestantes como parte dos cuidados pré-natais, e o aconselhamento é fornecido para garantir que as mulheres compreendam os resultados do teste e recebam o suporte necessário.

Terapia antirretroviral durante a gravidez

A terapia antirretroviral (TARV) é uma intervenção fundamental para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV. As mulheres infectadas pelo vírus são aconselhadas a iniciar o tratamento com TARV o mais cedo possível durante a gravidez. A TARV consiste em uma combinação de medicamentos antirretrovirais que suprimem a replicação do HIV, reduzindo assim a carga viral no organismo da mãe. Com uma carga viral baixa, o risco de transmissão do vírus para o feto é significativamente reduzido.

Parto por cesariana eletiva

O parto por cesariana eletiva é uma intervenção recomendada para mulheres infectadas pelo HIV com carga viral detectável próxima ao momento do parto. A cesariana eletiva reduz o risco de transmissão vertical, pois evita o contato do recém-nascido com o canal de parto, onde o vírus pode estar presente. No entanto, essa intervenção é recomendada apenas em casos específicos, e a decisão deve ser tomada em conjunto com a equipe médica, levando em consideração os riscos e benefícios para a mãe e o bebê.

Administração de antirretrovirais ao recém-nascido

Após o nascimento, os recém-nascidos de mães infectadas pelo HIV recebem uma dose de antirretrovirais para reduzir ainda mais o risco de transmissão vertical. Essa intervenção é conhecida como profilaxia pós-exposição (PPE) e consiste na administração de medicamentos antirretrovirais ao bebê nas primeiras horas de vida. A PPE ajuda a prevenir a infecção pelo HIV no recém-nascido, mesmo que a mãe não tenha recebido tratamento durante a gravidez.

Amamentação segura

A amamentação é uma prática que apresenta risco de transmissão vertical do HIV, pois o vírus pode estar presente no leite materno. No entanto, em áreas onde o acesso a fórmulas infantis seguras e água potável é limitado, a amamentação pode ser a melhor opção para garantir a nutrição adequada do bebê. Nesses casos, são recomendadas práticas de amamentação segura, como a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e a introdução de alimentos complementares seguros e adequados a partir dessa idade. Além disso, a mãe deve receber tratamento antirretroviral durante todo o período de amamentação.

Monitoramento e suporte contínuos

O monitoramento e o suporte contínuos são essenciais para garantir a eficácia das intervenções para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV. As gestantes e mães infectadas pelo vírus devem receber acompanhamento médico regular, incluindo testes de carga viral e contagem de células CD4, para avaliar a eficácia do tratamento antirretroviral. Além disso, é importante fornecer suporte emocional e educacional para que as mulheres possam aderir ao tratamento e adotar práticas seguras para reduzir o risco de transmissão para seus filhos.

Considerações finais

A transmissão vertical do HIV é uma preocupação significativa de saúde pública, mas as intervenções adequadas podem reduzir substancialmente o risco de transmissão. A testagem e o aconselhamento pré-natal, a terapia antirretroviral durante a gravidez, o parto por cesariana eletiva, a administração de antirretrovirais ao recém-nascido, a amamentação segura e o monitoramento e suporte contínuos são práticas eficazes para prevenir a transmissão vertical do HIV. É fundamental que essas intervenções sejam implementadas de forma abrangente e integrada nos serviços de saúde, garantindo assim a saúde e o bem-estar das mães e seus filhos.